Varejo de Pernambuco com sinais de recuperação maiores do que a do país

Sónia Fonseca Gomes


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Por Sónia Maria fonseca Pereira Oliveira Gomes e Marcelo Freire

 

O setor de comércio comporta dois segmentos, o atacadista e o varejista. O primeiro é responsável, em tese, pelo abastecimento do segundo, e este último se encarrega de atender à demanda de mercadoria pelo público em geral. O setor como um todo, pela sua característica aglomerativa sofreu fortemente o impacto da pandemia do Covid-19, em grande medida pelas medidas restritivas de circulação de pessoas e pelas dificuldades que tais restrições impuseram não só ao consumo, como também à produção dos seus bens.

Com a aceleração do processo de vacinação e o afrouxamento das medidas restritivas, a economia como um todo começa a dar sinais de recuperação, e não diferentemente esse setor também começa a ver seus números melhorarem. Cabe salientar, que o comércio/consumo é amplamente dependente da dinâmica do mercado de trabalho e os dados tanto para o Brasil, quanto para Pernambuco dão conta de uma tendência de recuperação do mercado formal, sendo registrados no último CAGED, crescimento de 22,75% e 101,68%, respectivamente, no saldo de empregos em comparação ao mês de julho de 2021, confirmando a trajetória crescente de empregos e perspectivas de melhorias para o setor em consequência.

Os últimos dados divulgados da PMC para o mês de agosto de 2021, mostram que o setor de comércio varejista restrito apresentou em termos de volume de vendas um crescimento de 5% comparativamente ao mês de julho no Brasil como um todo e Pernambuco registrou crescimento ainda maior de 7,4%. Quando se analisa o comércio varejista ampliado em que são adicionados ao varejo restrito, os segmentos de “veículos e motocicletas, partes e peças” e de “Material de construção” percebe-se que Pernambuco mais do que dobra o crescimento do país, com 18% de aumento no comparativo ao mês anterior.

Nota-se ainda pelo gráfico que de março de 2020 a março de 2021, o setor passou por um período muito turbulento tanto no país quanto no Estado, sendo que neste último, o setor de varejo restrito percorreu um caminho negativo mais longo do que o do país. Outra constatação que pode ser feita para o período é que quando se consideram os segmentos de “veículos e motocicletas, partes e peças” e de “Material de construção”, as vendas só começam a se recuperarem a partir de fevereiro de 2021 para Pernambuco e só a partir de março de 2021 para o país como um todo. E essa melhor trajetória do Estado é confirmada quando toma-se como referência a série acumulada no ano. O acumulado do ano até agosto de 2021 mostra que o Estado, tanto registra percentual maior em termos de varejo restrito, 7,5% frente 5,1% do Brasil, quanto varejo ampliado, 23,2% contra 9,8% registrado pelo país em geral. E a expectativa é que a melhora para o setor continue diante dos períodos festivos, natal e ano novo, que se aproximam.


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